VCS ME CONHECEM SUPER, NÃO?

Não gosto da ideia de voltar negativa, tirar do bolso o pra trabalhar. Conta disso, dá uma certa hora e eu começo o desespero, começo a pensar só em fazer e zarpar. Era já nove quando fui pra rua (escuridão, só assim me sinto à vontade, mas tb tava chovendo antes), planos de parar por volta das onze (até parece) e conseguir voltar pra casa… nada disso. Nove nada, deu dez e coisa nenhuma, dez e meia niente niente, ai será que será hj a primeira?, frio pós-chuva começando a arrepiar, me surge então um ocó. Trinta no estacionamento, subi no carro, tudo certinho, quando ele me vem com o “não faz por vinte?” Vcs meio que já me conhecem, né, melhor vinte no meu que no teu, medo de perder o pouco que me apareceu, então sabem bem oq eu respondi, mas deixa eu voltar uns trechinhos do diálogo antes de subir no carro, super peculiares.


— Vc faz oq, gata?

— Oq tiver que ser, mas ativa nem sempre eu consigo.
— Ativo aqui sou eu, isso deixa comigo. E beija gostoso?

— Ó, eu faço assim, ó.

— Tzão. E já deu hj, vagaba?

— Primeiro cliente é vc, e só trabalho de quando em quando… bem apertadinha, pra vc toda.

— Mentirosa! Deve ter dado um monte. E se eu quiser chupar o seu ce-u?

— Vai passar a noite se deliciando.

Disse assim mesmo, na lata, sem grilos nenhuns. Já no estacionamento, dindim antecipado, beijos, beijos, mão na minha neca por cima da calcinha, a coisa toda bem sexualizada mas algum grau de carinho, eu gostando confesso. Aí ele afasta o banco do motorista pra trás, baixa o zíper, e eu mando ver, ele elogiando super minha desenvoltura. Antes de entrar no carro, eu lá na barganha dei uma apertadinha marota na mala dele pra sentir o tamanho da encrenca, ele disse “é pequena”, parecia msm pequena, eu ufa. Ai como a gente se engana bonito nessa vida: o delta-T da neca foi monstruoso e eu vendo a coisa crescer na minha boca já comecei a me apavorar. “Gosta de apanhar na cara, vatia?” Só de leve, carinho, eu disse, e ele já veio a mãozona. Gostei não, e ele repetiu isso algumas vezes ao longo do programa (tem hora, inclusive, q morro de vontade de agradecer as radfems pelo termo “piroco”, que eu uso a rodo lá no Itatinga mas só com as pessoas certas — ai que vontade de gritar presse aí!).

Saímos do carro, agora era o matel, ele querendo festa na porta de trás, festa nenhuma aos olhos dessa apertada que ora vos escreve. Ai, como doeu, vcs nem imaginam! Ele me colocou frango-assado no capô, foi lá brincar com a lingueta no edi recém-xucado, eu fazendo todos os esforços musculares possíveis praquele capô não virar escorregador de parquinho, ele não entendendo o drama, achando frescura, eu não conseguindo evitar a sensação dq a qqr momento bumbum se estatelaria no chão. Ah não, assim não dá, e olha que nem tou falando do empalamento que viria: falei pra ele que chega, vamo no tradicional de quatro que já tá mto é bom. E foi, bom não. Doía, ele me estapeava as bochechas de trás, doía, e era oq tinha pra hj. Levou horrores pra entrar. Lógico que qqr sinal de tzão que eu tivesse sentindo, ali já era, mas segui focando em não atrapalhar pra coisa acabar o qto antes. Nem senti qdo ele acabou, sério mesmo, tão anestesiada q estava. Ele doido comigo, fazendo questão de pegar meu telefone, dá uma bitoquinha, mas “tudo sigilo… esposa… não dá pra vacilar”. E hoje acreditam q o ocó já me ligou umas duas vezes, já querendo combinar a próxima!

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