[parte 1: antes]
Vc é mulher? Nossa, nem parece! Coxão, corpão, bocona… não fosse o bilau ninguém diria. E como é que é faz pra transar com traveco? Vc faz tudo? Nunca saí com homem, mas deu vontadinha agora. Vc come? Pintão? Ah os hormônios… mas um travecão gostoso que nem vc não comer é foda, ein. Se bem que nem sei se aguento, nunca fiz, mas deu uma vontade de saber como é.
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[parte 2: depois]
Nossa, vc é bonita, gostei… eu até namorava se vc fosse mulher. Toda bonita assim, branquinha, boca rosada, humilde, mas não dá, entende? A transa gostosa marido e mulher, o dia a dia, a cumplicidade, tudo isso ia fazer falta. Não é preconceito, é que eu gosto só de mulher. Sou louco por uma buça. Vc é praquela variada de vez em quando, quando cansa. Sou casado, amo minha mulher.
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Eis que me aparece esse infeliz, fingindo-se surpreso por eu não ser cis (“mulher” no dialeto dele), acha que é elogio dizer que eu “nem pareço” mas já em seguida começa a me tratar no masculino, o velho papinho do “vc faz tudo?” (quer saber se eu faço a ativa), do “nunca fiz antes”, do “será que aguento”, pra então exigir que vc tenha pintão, senão não serve (e tem que ficar duro). Maricona do edi roto, em bom bajubá: deve conhecer todas ali. Esse aí sei lá oq viu em mim, eu cheia de bolsas recém-descida do bus, indo deixá-las na casa e ainda me arrumar, pra só dps ir fazer a rua, ele não quis nem saber: tem que ser vc e tem que ser agora. Foi um lixo comigo, mas acabei aceitando por conta da tranquilidade que é começar a noite com as contas em dia: oq viesse dps dali, tudinho meu!
Fomos pro drive-in, 30 reais três horas, 50 pra mim (pagou só dps, não consegui cobrar antes). Ele e seus quase dois metros, barrigudinho, já tomou o rumo da ducha assim que chegou, eu enqto isso me despindo e acondicionando as bolsas. Pediu massagem nas costas, “pode fazer forte”, “dá uns tapinhas na bunda”, eu começando até a sentir tesão de deixar marcas nele, ele reclamando que eu tava pegando pesado, eu achando é pouco (até pq me deu tesão).
Ele veio então pra cima de mim, me punhetou, chupou, fez o diabo e nada de neca dura, até que por fim desistiu e pediu pra eu o chupar. Fiz oq sei melhor, mas sem a disposição de qdo sou bem tratada, fazendo por fazer, trabalho. Deixei a ponto de bala, prontinha pra ele me comer, mas neca nanica (ainda que grossa) e barriga senhora, senhor!, exige traquejo dq ainda não disponho: não tinha jeito da coisa engrenar, pq a cada mexida a neca escapava do meu edi e, a cada vez que ele tentava encaixar, sempre um ogro, eu me machucava ainda mais (já estava dolorida por conta da xuca, ele só piorou as coisas… o outro ogro que atendi na noite completou o estrago: quase uma semana depois ainda é difícil sentar).
No meio do tira-e-põe, uma hora ele acabou gozando, do nada, assim super broxante, mas melhor assim. Ducha outra vez, eu tentando fazer a carinhosa pra ver se ele me pagava, calculando se daria conta de dar outra vez com o edi naquele estado. Por fim o monólogo final, outro lixo me achando com cara de desesperada, louca pra ser a outra desse ser desprezível… mereço, né?
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