E SE EU FOSSE PUTA: FEMINISMO CAFÉ-COM-LEITE

Tem feminismo nescau radical que acha que eu, por ter encontrado prazer como puta, faço o que faço por fetiche, implicando com isso inclusive que fetiche é ruim, coisa burguesa (gente que se preze gosta de papai-mamãe na opinião desse feminismo café-com-leite, admitido só por razões de sororidade). Eu fui atrás sim de sonhos, atrás de homens que me vissem como mulher, que me dissessem eu ser linda, feminina, que demonstrassem isso em seus atos, na forma com que me tocavam… precisei desse empurrão pra me sentir mulher, mais mulher, saber que um homem pagaria pra gozar um certo curto tempo da minha intimidade — não homens lindos, homens quaisquer, homens que pudessem e quisessem me ver assim sim, pq não? Caras como esses chegaram com tesão e saíram apaixonados, tal a minha entrega, pediram meu número, me ligam toda semana, me tratam a pão-de-ló… e tem feminista que condene as que se derretem por cantadas baratas! Não me arrependo de tudo, fiz oq me cabia, oq coubesse em mim. Me amaram, pagaram por me amar, pra me amar, pagaram por algo que eu lhes daria de graça em outro canto qqr, bastava pedirem gentis: gente disposta a me humilhar, me tratar como macho, disso o mundo está cheio, mas quantos fariam o contrário, chupariam meus seios, me abraçariam como quem me abraça, como quem me protege, me beijariam nos lábios dps do gozo, deixariam meu píntio em paz, esquecido como eu própria o esqueci?

Hoje mesmo um segurança me gritou “ô amigo” quando saí do banheiro feminino na rodoviária, insistiu no grito até que eu me voltasse pra ele e fosse na direção do idiota. “Deixa eu te dar uma palavrinha”, ele disse. Vc me chamou do quê? “Amigo”. Olha aqui você, olha bem, amigAAAA! Dei as costas e deixei o imbecil falando sozinho. Meus clientes não me tratam assim, nunca me tratarão.

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