E SE EU FOSSE PUTA: EU A BONECA INFLÁVEL

Nada de beijo, nem vem cá me abraça, ou gostei de vc: dessa vez fui só boca, ce-u, corpo e olhe lá. Usada como sonhei, não gostei tanto assim. Oral por dez, faz? Noite uó, frio medonho, vontade de entrar naquele carro o qto antes (estar no carro já era bem)… e aí, faz? Olha, até faço sim, mas aguenta o cu doce, tá ok? Começa o programa, tiro calça e cueca dele, empunho a peroca, o cheirão de nem tão limpa assim, abocanho, deixo ela em pé, faço oq faço melhor, e aí sinto a mão dele subir minha espinha e pegar um chumaço dos meus cachos, carinho será?, não era: agarra firme a cabeça, a minha, e soca sem dó o perulito lá fundo. Engasguei, deu ânsia, seguro a mão dele pra não vomitar. Ai, do jeito que eu sempre gostava, mas ali não gostei nadinha… e sei lá pq, talvez ele brucutuzão, camisa da Mancha, me desvalorizando com a cara lavada (“faz por dez, não pago mais que dez” e aí solta um “tem troco pra vinte?” e eu, trouxa, disse que tinha sete pra voltar de troco e ficou por treze no final), a situação meio tensa, três horas lá fora enfrentando o frio, nenhum clientinho que fosse, destabada dessa vez, não foi bem como eu sonhava. Mas ficaria pior: “se eu te der quinzão, vc dá pra mim?” Pô, por dois reais a mais ele queria papar essa que ora vos fala, ali no carro, eu toda apertadinha, eu que nem gosto tanto assim de dar o fiofó, o cúmulo… “não, e seu tempo tá acabando”. Faz-se oq se tem de fazer, ele goza, negócio resolvido. Os treze no bolso, já dava pra começar a pagar os trinta da rua, os sete do ônibus ida e volta, os dez do lanchinho da noite, e vislumbrar os cem que me programei pra ganhar… Volto pro ponto e logo em seguida aparece mais um. Pára, baixa o vidro, eu vou até lá e:


– Quer fazer um programa, amor?

– Que que cê acha?

– Acho que sim e digo mais: quer fazer é comigo.

– Em cheio. Só tem um problema…

Lá vem. O penoso não sai de casa com dinheiro, ora esquece, ora medo de assalto, aí acabou que só tinha os onze do troco do pedágio — uma chupetinha de boa será que eu fazia? Pô, aceitei por treze o primeiro, e aí vem outro? Pelo menos me tratou bem, era ativo e, como eu já estava aflita de nem conseguir a diária (e o frio já voltava a doer os ossos), me deu a louca e fui: fiz no atacado, segundo azamiga. E eis o primeiro que não vi ficar durão… chupei devagar, rápido, firme, de levinho, fundo, só a cabeça, gastei a língua em rodopios inúteis, todo o meu saber bocal, e nem assim saiu mais que um meia-bomba pra lá de meia. Ele se desculpou, agradeceu minha obstinação, disse que é culpa da bebida, aí depois assumiu um tirinho, coisa à toa, mas atrapalha… A palavra já me deixa aflita. Disse pra ele que já dava pelo qto ele me deu, ele agradeceu novamente e pediu pra eu só ficar mais um pouco, tempo dele dar um teco e era isso. Fiquei, mas aterrorizada, mais aterrorizada ainda. A primeira vez que eu via, virjona de tudo. Ele aprontou as carreirinhas, duas, me ofereceu uma, tive que recusar trocentas vezes até ele entender q aquilo me deixava em pânico (“desculpa insistir, não quero essa vida pra ninguém, mas é bom provar pelo menos, não quer dar nem umzinho só, ah se não é sua hora então tá, mas certeza?”). Ele por fim cheirou ambas, disse que a coisa ia bater em quinze, vinte minutos. Perguntei se ele ia conseguir chegar em casa, ele assentiu, aí eu me sentindo a mindinga falei que ia ficar com aquelas moedas ali, pra completar oq ele me pagou. Três a mais pra conta, catorze, com os outros treze já quase dava pra ficar zerada: bora outra vez pra rua!

E aí veio o único que me tratou como a boneca inflável que gosto de ser… Não barganhou preço (aceitou os meus trinta, mais dez do quarto), quis de tudo, serviço completo, usou e abusou de mim e pela primeira vez na noite fiquei excitada, ereção e tudo, sorridente. Tiramos a roupa, ele me olhava admirado, eu disse que só queria pôr peito e estava pronta, ele disse que nem precisava de nada, que me adorou, meu papo, eu branquelinha desse jeito, deixa eu ver seu cu, vai? Me pôs na luz e examinou cada centímetro meu sem pudor, distribuindo tapinhas na buzanfa sem nem perguntar se podia. Me pôs de joelhos e deixei com o maior prazer, peguei aquele peru e fiz tudo oq quis com ele e ele deixou e eu ia cada vez mais fundo, eu fazendo por gosto, desses que a gente atende de graça. “Hora da cama”, ele disse: e será que eu aguento? Era pelo menos igual o último que me tinha comido, semanas atrás, e foi aquela dor outra vez, e aí deu igual, broxei, mas não dei pra trás: ele quis variar posições, a coisa foi se encaixando, eu sentindo tesão em vê-lo com tanto tesão, deixei rolar. No fim já nem doía, mas tesão que é bom só ele. Gozou, xequei a camisinha outra vez (ai, que uó!), mas ele nem tchum. Na hora de pagar, a mindinga aqui só tinha nove de troco pros cinquenta dele e ficou quarenta e um mesmo. Mais os vinte e sete, ufa, agora era sossegar o facho. Deixa os cem reais pra próxima.

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