A PRIMEIRA VEZ DE INDIANARA

Indianara, a Alves, a Siqueira, a Sophia, a Fênix, em entrevista exclusiva sobre prostituição, PL Gabriela Leite, Desaquenda e vários outros babados! Uma pitadinha aqui doq foi esse encontro maravilhoso em que eu e Jaqueline Furacão (as duas pegas de susto pela vinda surpresa dessa popstar puta política, então sem nenhuma produção cosmética) a entrevistamos, particularmente ela respondendo a como começou na pista:

“– Eu sempre falava: ser travesti tudo bem, puta jamais. E quando saí de casa, justamente com todas as minhas qualificações profissionais como chef de cozinha, cozinheira, pizzaiola, etc., ninguém me dava trabalho. Então eu teria que sobreviver de alguma maneira, né? E eu dormi na rua, tudo, até ir pra prostituição realmente. Encontrei nas prostitutas justamente uma acolhida, nas travestis prostitutas uma grande acolhida. Mas assim na realidade a minha primeira vez foi super complicada, era muito difícil, algo que eu sempre falo. Então pra mim era como se eu estivesse me violentando, entende?, violentando algo que eu falava que eu nunca ia ser, que era puta. Tudo que falavam de ruim, tudo que falavam das putas… eu nunca ia querer ser vista daquela maneira. Daí, bom, enfim, a minha primeira vez antes de acontecer como prostituta foi muito traumática, mas depois que eu recebi o meu primeiro cachê eu pensei: era todo esse o problema? Então eu vi que, na realidade, eu tinha uma visão da prostituição que me foi imposta, que não era a visão doq eu vi, doq eu convivi com aquelas pessoas. Cada vez que eu me recusava a dizer que eu era prostituta e falava q eu era profissional liberal, ou falava que era autônoma, aí sim eu me sentia uma farsa: eu não estava sendo honesta com pessoas que me acolheram tão bem e com um local que eu já via que não tinha nada demais, que era só sexo pago. Como eu falo, todo mundo faz sexo — só as pessoas assexuadas é que não fazem, ou as pessoas que não fazem por opção. Mas todo mundo que faz faz ou de graça ou pago. Qual a diferença? Eu sou muito viciosa. Se eu transar com dez homens de graça, então a sociedade não vai ver problema algum nisso, mas se eu começar a cobrar, já tem um problema. Então o problema é cobrar, é uma questão mais moral sobre a prostituição. Então dps que vc consegue passar por essas questões e consegue ver que na realidade é só sexo pago, vc vai em frente. Depois de um tempo vc aceita realmente como teu trabalho. Eu aceitei como meu trabalho porque eu via que eu podia estar transando de graça com vários homens, mas eu podia estar transando ‘de graça’ com vários homens e ganhando pra isso. Então ainda tinha uma vantagem, porque quando vc sai gratuitamente com alguém, também não é garantia de gozo: vc está saindo pela primeira vez com uma pessoa, vc não sabe como vai ser… a pessoa pode até te atrair fisicamente, mas vc não sabe se realmente vai ser prazeroso a ponto de chegar a um orgasmo ou gozo, algo assim, né? Na prostituição, a vantagem é que se eu não chegar a gozar, a ter esse prazer, ao menos eu vou ter o prazer do dinheiro que vai me dar outros prazeres. Então, dps de um tempo, passou pra mim. Hj eu gosto de me assumir uma puta assessora parlamentar: não que eu seja a melhor assessora parlamentar do Jean, mas pq antes de ser assessora eu sou puta. Levo isso com o maior orgulho hj, sem problema algum. Então a minha primeira vez foi muito difícil mas é como a primeira penetração — a primeira é difícil, mas dps que tá dentro… ai… ai… aí, tá fácil!”

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